jueves, 30 de marzo de 2006

ultimos dias de marzo

É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol, É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, o nó da madeira, Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira, É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira, É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira, Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira, Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão, É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho, No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto, é um pingo pingando, É uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando, É a luz da manhã,é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada, É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama, É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã, É um resto de mato,na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
É uma cobra, é um pau, é João, é José, É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã, É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
Pau, pedra, o fim do caminho, um resto de toco, um pouco sozinho
Pau, pedra, o fim do caminho, um resto de toco, um pouco sozinho

Águas de Março

Tom Jobin & Elis Regina

(((letra traducida y video encontrado en petit orsai)

gil!

Tengo un compañero de laburo que es un desbole ambulante.
Se saca el reloj y lo deja en cualquier mesa; viene con las llaves en la mano y después no sabe dónde las dejó; trae dos diskettes para trabajar y sin moverse del escritorio pierde uno; empieza a trabajar en la computadora general y deja los trabajos por la mitad; pone a imprimir documentos y se va sin ponerle hojas a la impresora...
Encima es de los que hablan fuerte, orgulloso de las sandeces que dice y se ríe obsecuentemente los chistes del director. Si lo escuchás hablar, él es capaz de resolverte cualquier problema que exista aunque nunca lo vi hacer algo completo y redondito (todavía estoy esperando que esas cuatro compus que me llevó al laboratorio me las conecte en red). Se cuelga por las ramas cuando nos toca cargar la base de datos de la escuela y después de 20 minutos (minutos!!!) de generar certificados analíticos desaparece diciendo que demasiado tiempo en la máquina le cansa la vista, le hace doler la cintura, le nubla la cabeza y le hace llover las tripas.
En fin. Un desbole ambulante Y un mercurio (porque es más que plomo).
Pero a pesar de todo es un buen tipo.
Y hasta ayer le cubría un poco las espaldas, le guardaba la taza del té para que no la pierda y le acomodaba la mochila para que no se la pateen.
Hasta ayer.
Porque resuuuuuuuuuuuulta que ayer yo (YO) estaba forrando un libro de actas. Y no porque quisisera, no no no. La secre me lo pidió, me dio el papel araña azul y el cintex. Y mientras estaba doblando los pliegues vino él (ÉL) y sin preguntarme nada me sacó (me sacó!!!) el libro de las manos diciendo "así no, esperá porque no te sale, correte y blablablabla". La verdad es que no se que fue ese blablablabla porque la brrrrrrrrrrronca me bloqueó los tímpanos.
Disculpame chiquito, pero no podés venir a sacarme ASí las cosas de la mano,
no podés venir a alardear que VOS lo podés hacer mejor que YO,
no podés creerte con derecho a cualquier cosa nada más que porque todos en la escuela te venimos cubriendo las espaldas,
no podés honestamente pensar que tenés tanto ascendiente con los pibes cuando todos (de 1º a 3º polimodal, y ni hablar de los de ESB) te tienen calado y te toman el pelo aún frente a tus propias narices,
no, lo lamento en el alma pero no, no podés.
De ahora en más mi política con vos va a ser la de mantenerme al margen. No voy a guardar nada de tus cosas, no voy cuidar los documentos de la computadora que estes haciendo, no te voy a esperar para terminar un trabajo y lo que es peor, te voy a dejar tan pero TAN en evidencia que no te van a alcanzar todas las baldosas del patio para esconderte abajo.
Gil.

últimos días de marzo

É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol, É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, o nó da madeira, Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira, É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira, É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira, Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira, Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão, É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho, No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto, é um pingo pingando, É uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando, É a luz da manhã,é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada, É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama, É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã, É um resto de mato,na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
É uma cobra, é um pau, é João, é José, É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã, É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
É pau, é pedra, é o fim do caminho, É um resto de toco, é um pouco sozinho
Pau, pedra, o fim do caminho, um resto de toco, um pouco sozinho
Pau, pedra, o fim do caminho, um resto de toco, um pouco sozinho

Águas de Março

Tom Jobin & Elis Regina

(((letra traducida y video encontrado en petit orsai)

lunes, 27 de marzo de 2006

belleza

A veces no navego, me dejo llevar por la corriente.
Y ahí voy, a la deriva, saltando de link en link, encontrando cosas sin explicación.
Algunas las guardo para compartir, otras las veo y las dejo pasar.
Ayer a la noche Ailén me acompañaba en la balsa, chocamos con varios islotes y la verdad es que ya estaba ciega y anestesiada. En ese momento, cuando yo ya estaba por seguir adelante, ella me dijo: "mirá má, qué cosa más linda".
Y yo me quedé admirando su carita de admiración frente a la pantalla.
Cuando la animación terminó me dijo: "estaba buenísima, rara, pero re-linda"

Otra muestra de que también ella, con sus 9 años, tiene la vida TANTO más clara que yo...

martes, 21 de marzo de 2006

blook

y qué es un blook?

es una mezcla entre un blog y un book
como el de la mujer gorda
o como el de los dedos del manco (que ahora sigue acá)
de cualquier género
de todo tipo

Parece de locos, pero nosotros estamos viviendo lo que nuestros nietos van a estudiar con cara de aburrimiento en clase de la profe de lengua y literatura

"...y a comienzos del siglo XXI se desarrolló un nuevo movimiento literario que se apoyaba en herramientas de publicación mayormente gratuitas y en el desarrollo exponencial de nuevas tecnologías que fomentaban la comunicación por canales y soportes diferentes al tradicional papel..."

miércoles, 15 de marzo de 2006

...

"y entonces por qué no me lo dijiste ayer eso?"

vergüenza debería darme que él con 6 años tenga la vida TANTO más clara que yo...

martes, 14 de marzo de 2006

lo que dice tu froma de dormir...

La pose en que duerme el hombre refleja el tipo de compañero que será.
Fetal completa:
Este muchacho es vulnerable y sensible. Después de todo, está cuidándose el corazón, en esa pose. Y quizás hasta se agarre de una almohada para darse más seguridad. Como tal, necesita asegurarse de que sus sentimientos son recíprocos antes de entregarse por completo. Las mujeres deberán ser cuidadosas y demostrativas.

(valdrá esto para los gatos?)


dime cómo duermes...

viernes, 10 de marzo de 2006

viento


Ayer tuve miedo manejando, por un momento creí que me iba a volar.
Cuando pasaban los colectivos o los camiones de frente, cortaban el viento cruzado y por momentos pensaba que me ponía el auto de sombrero.
Ví pasar frente al parabrisas bolsas, tierra, hojas, una rama de eucalipto (!!)...
Un chimango que alcancé a ver entre las nubes de polvo en suspensión aleteba confundido y agotado.
Hoy estoy contracturada de aguantar el volante en la ruta, y cuando pasaban los colectivos o los camiones de frente, cortaban el viento cruzado y por momentos pensaba que me ponía el auto de sombrero.
La próxima vez que pase esto, ni loca me hago la "acá no pasa nada, yo manejo igual, si son apenas 30 km". Cancelo todos los turnos y si tengo que esperar otro mes y medio para ir al dentista, espero. Sentadita en mi casa, tomando mate y escuchando el viento silbar en las ventanas.

martes, 7 de marzo de 2006

1er día de clases

Si ayer lunes hubiera ido al acto público hoy tendría varios módulos más en mi haber y la promesa cercana de varios $$ más en mi bolsillo. Pero elegí pedir permiso en la escuela media y acompañar a mis hijos en su primer día de clases.

Ailén empezó 4to y apenas puedo creer que hace 9 años y unos meses era una gritona desdentada que me despertaba cada exactas tres horas para prenderse como si hiciera años que no mamaba. Está alta, elegante y ahora le presta muchísima más atención a las lapiceras con brillitos y a los stikers metalizados y a las remeritas cortitas y al pin que le pone a la pollera y al rosa; tanto rosa, muchísimo rosa, demasiado rosa, en tantas variantes que desconocía, si a veces parece una merengada. Igual de vez en cuando le pide a Silvio que ponga el disco del señor que canta finito y a los gritos (AC-DC) y me deja pasmada cantando de memoria "Love & marriage" de Frank (si, con el padre hemos criado una freak musical)

Lihuel empezó 1ero. Primer grado. Tan serio con su corbata azul, tan pendiente de que sus rulos no se despeinaran. Y no lo pudo evitar, su caradurismo es tan grande que a veces me asusta. Las maestras de primer grado armadas con micrófono animaban a los chicos (algunos lloraban) y hacían preguntas. Y él, con todo desparpajo respondía a los gritos. Hasta que una maestra, cansada del silencio asustado y de la timidez paralizante de la mayoría, le acercó el micrófono y ahí fue él cantando canciones que recordaba del jardín y contestando todo como si lo hubiera ensayado.

Dejé pasar la oportunidad de tomar más horas de trabajo.
Algún despistado va a pensar en el dinero que perdí.
Pero gané en recuerdos que no se repiten en fotos o en videos.
Y aunque eso no paga las cuentas ni me permite ahorrar para pintar la casa,
igual vuelvo a elegir a mis hijos.

lunes, 6 de marzo de 2006

1er dia de clase

Un comienzo no desaparece nunca, ni siquiera con un final.

Harry Mulisch (1927-?)
Escritor holandés

1er día de clases

Un comienzo no desaparece nunca, ni siquiera con un final.

Harry Mulisch (1927-?)
Escritor holandés

sábado, 4 de marzo de 2006

definición

y mientras charlaba con una compañera en la escuela, recortando letras para un cartel, le digo...

"(...) mirá, yo no sé si Silvio será el hombre perfecto, pero por lo menos tiene todo lo que a mí me falta y encima me lo presta (...)"

y AHÍ me dí cuenta

viernes, 3 de marzo de 2006

honda civic

Siempre me gustaron los autos. Y las carreras de autos. Y algunos pilotos de autos (ah, no, eso no tiene nada que ver con el tema)
Supongo que el ser hija única con muchos primos varones, casi todos más grandes que yo, hizo que desde chica me interesaran más ciertos temas y aficiones de las tradicionalmente "masculinas" que las muñecas, las ollitas y demás.
Y eso en mi familia se traduce en "fierros". Digamos que la rama peneana de la familia no es muy futbolera pero si muy pistera. Y ahí iba Mariana, para horror de mi madre, a upa de papá a ver las carreras al autódromo o con los primos a ver las noches de speedway en el club Rosario o en Sporting, o acompañada del tío Negro, que siempre me compraba unos choripanes riquísimos con coca, a ver los midgets a Bahía. y después cuando volvía a mi casa me la pasaba jugando en la bici, haciendo ruidos de motores con la boca, tratando de imitar la sensación de mosquitas en el pecho que me dejaban las motos cuando pasaban frente a la tribuna después de la curva.
De más está decir que yo de motores en sí no entiendo nada, pero NADA. Sé que tienen un agujerito por donde les entra la nafta y basta. No me hablés de válvulas ni de árbol de levas ni de pistones ni de ninguna de esas cosas complicadísimas que tienen los autos o las motos.
Lo mío pasa más por lo auditivo. El ruido de los motores y las aceleradas y demás me trae recuerdos buenísimos de noches de verano viendo las motos o de domingos fríos al sol esperando que pasaran los autos del turismo nacional.
Y por esa misma cualidad automotor-auditiva es que ESTE aviso del Honda Civic me gustó tanto: This is what a honda feels like

bleh

este viernes tiene cara de lunes

(convendría aclarar que a mí los lunes no me gustan)


encima no hay sol y las camisas no se secaron

miércoles, 1 de marzo de 2006

atardecer


atardecer, subida por marxxiana.

Se ovillaban las nubes
en un cielo de fuego,
las chicharras cantaban su presagio de soles,
y en los rostros estaba
la impotencia del ruego
tras la baba viscosa de tantos caracoles.

esperanza
ZORAIDA NORMA PUCHETA